quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

algo estranho no receber

Sinto o prazer de dar, mas para contrariar um arrepio e um sentimento estranho para o mau surge quando penso no receber. Não quero assim. Não deveria ser assim. No meu entender esta pena fria nas minhas costas tem como consequência a descoberta inocente do mistério do receber. Sabendo assim um dos 'berlindes' que irei ter, sinto que invadi a surpresa e o intermédio entre o desconhecido e o desvendado. Não gosto, e deveria pensar que não sei o aspecto dos outros berlindes, ou se serão mesmo berlindes. Vou tentar concentrar-me nessa existência.
Maria Petrucci

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

para aquele que sabes que não és, mesmo que o sejas

Nunca sei ao certo o que pensar e pior, o certo de pensar. Sei que a melhor probabilidade era na realidade não pensar, mas penso.

Há coisas vermelhas e amarelas que nem quero saber. Entre outras também. Mas algumas delas passam pelo meu resguardo mental sem humildade, curiosidade pura.

Será que tu pensas?
A minha lógica e razão descuidada responde plenamente que sim. Porém, algo me sussurra que não com tanta certeza esse absoluto plenamente.

Raios me tocam com mansidão e brincadeira. Não sei se gosto. Pois, não admiro.
Como já dizia um, tornei os meus sentidos, a minha emoção no que rouba a eros, num arco-íris desmaiado.
Existe, no recente agora, sal húmido a escorrer e passear bruscamente na minha cara e em mim. Torna-se um tom e uma mistura coesa e confusa, tudo é absorvido.

Um dia saberei causas desconhecidas que agora me fazem tremer e me provocam um grande esforço para as esquecer. Ignorar.

Espero ser compreensiva.
Os meus olhos já perderam de vista os teus. Os teus já esqueceram os meus. Os teus se escondem dos meus.

Mas... ah! Porquê assim? maldição.
Como se uma comichão me atacasse o ponto mais interior e inalcançável do corpo.

Pouco te tenho. Nem sei se esse tal pouco conseguirei conservar sozinha. Eu quero. Desejo um dia ter poder para tal.
Cantam os meu pirilampos da mente sobre esta realidade.
Penso muito em fugir dela, e por momentos consigo, mas sua música é tão suprema que nunca a deixarei de ouvir.

Cumprimentos felizes pequeno basalto *

segunda-feira, 3 de agosto de 2009



Bebo um gole de chá e o assunto intriga-me como se se espalhasse livre e rebelde por toda a minha mente, tocando e acariciando todo o meu processo de observação e compreensão. Desperta questões, muitas aliás. Cada vez que penso mais me quetiono, menos concluo. Ao longo do tempo a resposta torna-se mais grandiosa, suprema, absoluta.. algo divino. Nunca pensei que fosse simples, mas a sua complexidade consegue impressionar-me e confundir-me até ao seu último intante. A experiência deixa-me louca. Desaponta-me por pensar que seria diferente. Isto não querendo citar que tenha sido uma má experiência. Simplesmente me entrelaça e mistura com rapidez todos os pensamentos e memórias que encarregam este conjunto de sentimentos. Tento compreender, pois consigo ver e tocar por momentos a sua importância. É algo de maravilhoso e extraordinário. É algo terno e delicioso. É algo forte e doloroso. Pode matar, pode renascer. É puramente inexplicável. O problema é que não só envolve o nosso ser como tem como natureza a presença do outro. Aí permanece a questão. Funda, bem profunda na sua calma e liberdade. A relação entre duas almas. Aquela que cava em nós uma necessidade de viver e estar perto. Aquela que vem do íntimo e do espírito. Uns chamam-lhe Amor, outros Amizade. Não conheço as definiçôes como os outros conhecem. Tenho as minhas lembranças e experiências que me provocam a formação de ideias sobre. O homem necessita de conceitos, tem uma procura voraz pela sua posse. Mas nem sempre são a solução, a resposta. Por isso eu sossego na inocência do meu ser e sinto. As emoções interligam-se. Envolvem-se completamente como uma trança inquebrável e infinita. Uma teia forma-se e tudo segue sem cessar. E eu bebo um gole de chá.
Maria João Petrucci

terça-feira, 7 de julho de 2009

um gomo da laranja

Gosto do sol.
Gosto de chocolate de leite, milka preferencialmente.
Gosto de misturar coisas simples como cerveja e gomas ou riscas e verde.
Gosto de descer uma valente descida de bicicleta num chão o mais liso possível, e sentir o ar inundar-se na minha cara sorridente.
Gosto de beber muito quando tenho sede e de comer pouco quando tenho fome.
Gosto de apreciar narizes e olhares.
Gosto de sentir as mãos e partilhar um sorriso.
Gosto da sensação da água fresca a escorrer pelo meu esófago e do álcool a afectar o meu fígado.
Gosto de velas, umas cheiram bem, e têm a capacidade de transmitir luz, é bonito.
Gosto de ouvir música bem alta.
Antes disso gosto dos sons diversos que consigo apreciar pelos meus ricos e poderosos sistemas que tal permitem.
Gosto da cor laranja e de arrepios.
Gosto de chá e da suaviade e conforto que este proporciona.
Gosto de coisas em forma de estrela e do sabor a folha de louro.
Gosto da noite e das estrelas.
Gosto de repousar os olhos quando eles têm essa vontade e dirigir o olhar para o meu mundo interior.
Gosto de pensar.
Gosto de ouvir ''Obrigada''.
Gosto de dizer ''Gosto muito de ti''.
Gosto de porquinhos da índia, do seu pelo e das suas patinhas.
Gosto do cheiro a mar.
Gosto de dar abraços e de os sentir mutuamente.
Gosto de vestir camisolas largas e de outras pessoas.
Gosto de ver os outros e de saber quais são especiais.
Gosto de andar à roda e de baloiço.
Gosto do gelado que está no congelador e da bicicleta que está na garagem.
Gosto de saber fazer alguma coisa útil.
Gosto de cinema e de óculos grandes com hastes cor de carvão.
Gosto de muitas outras e variadas coisas, todas simples e deliciosas.
Eu é que por vezes as complico não conseguindo apreciá-las com o seu devido valor.
Gosto de ti e deste delírio.
Maria João Petrucci

terça-feira, 30 de junho de 2009

amiga tentativa de verbalizar

O sol brilha, não sei, não o sinto, não o vejo.
Entro no quarto isolado e abafado da claridade pelos limites sólidos que o formam num espaço único e específico.
Na minha necessidade interior deixo a luz penetrar no vão do acolhimento e no ar espalhado neste.
Penetro o meu olhar na imagem promovida.
Aprecio a sua beleza.
Concentro-me na sua magia terna e feliz.
Uma vaga de alegria percorre-me o corpo deliciando todo o meu espírito.
Memórias acompanham este fluxo.
Recordo-me de ti, felicidade.
A mágoa e a dor escondem-se por momentos, alegria.
A saudade surge, mas solidária.
O sentimento vagueia na minha mente e na minha alma.
O tempo flui e eu envolvo-me no seu seguimento.
Algo de mais alto se alevanta, não da minha sensibilidade interior mas sim do poder dos outros como eu sobre mim.
Este poder não é maligno, pelo contrário.
Sentimento magnífico, total conforto em mim.
Amizade.
Confiança.
Desperta fé em mim e em ti, luz incandescente, estrelas ascendentes do caminho.
Confio em vós, aurora mística e deliciosa, confio em mim.
Toda a energia condensa no meu pensamento e no meu estar.
A esperança e o viver unem-se agradavelmente como o amarelo e o azul para dar verde.
Tudo isto por simplesmente parar um pouco e saber apreciar o seu valor eterno.
O olhar torna-se mais amplo e vasto, alguém sorri no ar.
Sem mesmo pensar retribuo o sorriso e confundo-me numa melodia de gargalhadas.
Claramente puro, aprecio na simplicidade do meu ser.
Conservo este estado com grande prazer e segurança.
Sei que desapareces, mas sei que não morres.
...
Desfruto a vida.
O sol brilha, agora sei, o sinto, o vejo.


Maria João Petrucci

quinta-feira, 18 de junho de 2009

algo sobre a mente

A mente é algo terrível. Consegue confundir-me de forma tão simples, através da ilusão. Consegue esconder a realidade perante nós fazendo-a desvanescer mesmo diante dos nossos olhos. Mas não parece tão óbvio? Não, o passo é tão perfeito que nem conseguimos desvendar ou simplesmente sentir algum devaneio da nossa parte. Tenho dúvidas, faz parte da sua natureza? A mente é parte de mim, e agora que faço? Tenho que dominá-la? Ou deixo-me levar pelas suas auroras e vincos que por vezes se formam e reluzem sem eu ter conhecimento do seu objectivo? É um pouco estranho, pois parece que dá a entender que classifico a mente como outro ser dentro de mim que me faz ser eu própria, ou que condiciona para a minha personalidade juntamente com o meu ser interior. Por vezes sinto que sim. Neste momento reparo que existem momentos em que sinto emoções estranhas devido a pensamentos meus, da minha mente, acerca de outrem que me influenciam na maneira de eu pensar em saber quem sou e o que quero ser. Este aspecto tem vindo a intrigar-me, pois o seu sentir provoca-me uma sensação de desconforto e de desorientação. Penso que a mente me tenta segredar algo, mas eu descodifico a informação com confusão e insegurança. Cada vez mais olho para a solução do seu mistério algo de grandioso e de bastante relevância para o meu ser, a essência do ser eu, talvez. Na minha vez sucede ter que reflectir no pensamento quando este decide manifestar-se. Mas torna-se complicado. Sei algo que penso ser um começo: eu existo. A situação principia a sua jornada de mentalização. Pois sei também uma via segura para conseguir caminhar com harmonia, realizar o 'eu' e concretizar os seus simples desejos. Momentos de felicidade são desvendados. E a chaga se esconde no vazio da minha inspiração. Mente, eu confio em ti.
Maria João Petrucci

quinta-feira, 28 de maio de 2009

nove e um quarto da noite

Olho pela janela e desfruto a paisagem. Vejo casas, habitações de variadas pessoas que neste momento lhes flui uma corrente de alegria e felicidade, e noutras um desvio de lamentação e angústia. Na simples visão que tenho através da minha métrica janela do quarto consigo sentir e imaginar inúmeros aspectos, vias e ondas de todo o tipo de caminhos e viragens. Mas simplesmente o melhor é o horizonte e as nuvens cor de salmão que penetram e tingem o céu azul com a final claridade do dia. Sinto tranquilidade na função de espectador deste cenário único e infinito. Só espero que mais pessoas o tenham apreciado tanto como eu para sentirem também este belo sentimento de felicidade que o céu e todo o seu redor promoviam. Por fim as nuvens dissolvem-se na última e pequena claridade do céu azul e todas as pessoas repousam num instante para sentirem o silêncio e último suspiro da luz do dia. A noite está prestes a chegar. Um novo dia começa no oposto e na simetria de mim. O horizonte descansa, pois a noite e a penumbra do luar absorvem os seus restantes ápices da tarde. A lua mostra-se e as estrelas vão descendo sem eu as ver. Calo-me na inocência do meu ser. Este processo abala o meu consciente. A sua beleza, a sua delicadeza, a sua ternura. É belo. Magnífico. Supremo. As coisas mais simples escondem a sua pura e bela complexidade, e nós, sem muitas vezes saber, temos o valioso dom de a saber desvendar.
Maria João Petrucci

domingo, 24 de maio de 2009

Sinto-me inútil.

tédio e vários de mim

Não sei começar, pois não sei explicar. Sou eu outra vez. Caminhava com tranquilidade e uma tal felicidade, mas porquê arrasar com tudo isso? Detesto isto em mim. Não sei se sou mesmo eu, mas não existe outra razão, ou outro algo ou ser espiritual. Por vezes sinto que é uma força. Mas não afecta mais ninguém, só a mim. Não sei bem se é a todo o 'mim', porque nem sei se sou toda uma e uma só. Sei que por alguns momentos e situações sinto-me dividida em duas ou mais. Pois sinto uma auto-pressão de mim mesma sobre mim mesma. Digo-vos, é terrível. Por isso não sei se neste momento sou toda eu ou uma parte só. Não sei porque me afecto tanto a mim própria. Será que é mesmo de mim? Eu consigo respirar várias vezes consecutivas em pura harmonia e felicidade, isso já comprovei. Mas deixo-me abalar por aspectos que têm um desígnio insignificante. Mas algo cá dentro automaticamente decifra a informação com sensibilidade a mais e deixa passar toda essa acumulação (supostamente com facilidade de passar despercebida) com grande potencialidade para conseguir tocar-me bem lá no fundo. A minha aura enfraquece de imediato. Todo o pequeno processo de fragilidade afecta não só o meu estado de espírito como também a minha vontade, o meu físico, a minha sensibilidade, a minha dinâmica, a minha noção temporal e também a minha mente. Nesta o abalo centra-se no modo como pensar e agir. Muitas das vezes no tempo que há-de vir. Começo a pensar demais. Posso-me considerar uma masoquista sensorial. Eu hei-de aprender com isto. Irei conseguir abrandar este tédio interior. Saber decifrar bem a informação e ter calma. Todo este processo é natural. De certeza que pensam que tudo isto é mau e contém bastante sofrimento. Não posso afirmar totalmente que não, mas posso dizer que no meio de tanto sentimento existe bastante tranquilidade, felicidade e conforto. Quando sinto que me encontrei de novo.
Maria João Petrucci

sábado, 23 de maio de 2009

essência

Por momentos apetece-me fugir. Simplesmente fugir. Sair da rotina. Tornar-me livre e espontânea. Dependente do meu ser interior. Esta vida prende a minha essência. Todos os dias luto com ela dizendo que não e ela a contradizer que sim. Não é mau nem trágico. Mas por vezes chega a ser constrangedor e triste. Mas um dia irei alcançar esse ponto onde a liberdade e o meu ser estarão numa máxima harmonia. Eis o objectivo. Mas agora permaneço em pensamento e questiono: será que já alcancei esse ponto?

Maria João Petrucci

domingo, 17 de maio de 2009

terça-feira, 12 de maio de 2009

luandino

Hoje deixo aqui umas palavras que foram ditas numa entrevista/conversação, em que eu compareci, pelo escritor angolano Luandino Vieira, as quais me suscitaram reflexões profundas sobre alguns assuntos. Aqui passo a transmitir para também dar a oportunidade de vos proporcionar momentos, pensamentos e sentimentos agradáveis e de uma melodiosa reflexão.

É muito bom viver. (...)
A música é a arte das artes. (...)
As coisas boas da vida são difíceis. As melhores são as mais difíceis. Ser jovem é ser difícil. Amar é difícil. Mas mais difícil ainda é ser amigo de alguém. A amizade é superior ao amor. (...)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

inigma da noite: sentir

Não sei o que sinto. Sinto muitas coisas, mas não sei especificamente o desígnio de cada uma delas. Por isso não sei o que sinto. Neste momento sinto-me confusa, atrapalhada, cheia de pensamentos nojentos que me corroem o cérebro e o bem-estar. Não sei o que sou. Não sei mesmo realmente quem sou. Sinto-me no meu corpo, mas não sei quem sou. Parece que tenho um nome, mas será que me chamo verdadeiramente assim? Não sei, e se eu não sei quem poderá saber? Certamente ninguém. Também não sei o que faço, e porque o faço. Não sei o presente, não sei o futuro. Não sei para onde caminho. Eu estou inocente. Só quero ser feliz, mais nada. Porquê tanta complicação? Não quero isso, não, não e não. Quero a simplicidade. Mas como? Tudo e todos só sabem complicar, tal como eu. Como é que se aproveita esta vida? Não sei, não sei mesmo. Não tenho experiência suficiente, mas quem tem? Sinto frio. Arrepios. Coisas inexplicáveis. Deficientes. Complexas. Parece que existem regras, entre outras coisas. Quero chorar. Quero rir. Não quero sentir. Quero desaparecer. Não consigo expressar decentemente o que sinto. Não tenho meios para o fazer, pois eles não existem. Se calhar existem, mas eu não os encontro. Estão bem escondidos. Porque é que não vêm ao meu encontro? Eu estou aqui. Sim, eu estou aqui. E depois? O que é que querem que eu faça? O que é que eu quero fazer em relação a isso? Ninguém me vai responder, eu sei. Sou única, e sou eu o único ser que me acompanha eternamente. Sei que posso confiar em mim. Ou não. Sinceramente, falo muito, mas não chego a nenhuma conclusão. Pois estou completamente confusa e cheia de tretas e emaranhados dentro de mim. Não quero ser a vítima, não. Não sou assim. Quero dar sinal de vida. Procuro soluções, como todos os outros. Um caminho estou a seguir. Mas não sei por onde vou. Sinto receio. Sinto ansiedade. Sinto alegria. Sinto felicidade. Sinto bolas, mais bolas e bolinhas dentro de mim, milhares delas. Não se esforcem para se sentirem assim. Não vale a pena. Não sei o que sinto.

Maria Petrucci

segunda-feira, 27 de abril de 2009

pensamento da noite

Dormir. O que significa dormir?
'Dormir - Repousar no sono, repousar.'
Isto dizem os dicionários, entre muitas outras designações que simplesmente servem para fundamentar e complicar uma definição simples e fácil de 'enfiar' nas cabecinhas do maior número de pessoas possível.
Mas porquê dormir? Porque temos sono? E porque razão é que temos sono? Porque estamos cansados e curiosamente devastados pelo esforço?
Poderia continuar aqui a deambular entre perguntas, tentativas e respostas alusivas que certamente seriam pouco fundamentadas. Mas uma verdade é que perdemos um quarto das nossas vidas (se nao mais) a dormir. Simplesmente a dormir! Àquilo a que chamamos também o acto de repousar. E ainda dizem que o Homem é um ser bastante activo.
Mas pensando bem.. dormir é muito mais do que a definição global de 'dormir'.
É algo de espantoso. Sempre. Mas nem sempre conseguimos entender como. Por esse motivo por vezes questionamos o facto de ter que dormir.
A minha vontade diz qualquer coisa do género: 'Não durmas já! Ainda estás acordada, por isso aproveita enquanto ainda consegues pensar e estar acordada decentemente.' Mas algo, sem ser a minha vontade, diz que devo dormir. Deve ser esse algo que nos desperta o desejo de dormir. Pois cá para mim esse algo e a vontade disputam numa grande batalha até que esse algo por fim ganha a posse da vontade para nos arrebatar com o desejo de dormir. Bem, esse algo também deve atacar a consciência. Muito provavelmente. Concluo então que esse algo contém qualquer coisa que o faz permanecer com tal poder e tal força que, consequentemente, consegue derrubar os seus potentes inimigos ou amáveis amigos (pois não se sabe se em vez de lutarem, essas mirambulosas forças fazem conferências onde chegam a acordos civilizados).
Enfim... contudo, vou dormir.
Maria João Petrucci

sábado, 25 de abril de 2009

...before

Sometimes my heart's empty spaces are covered by other important things. And other times they are filled in with many dreams and fantasys.
I feel that I need something more alive... something real.
I feel that I need you.

terça-feira, 21 de abril de 2009

a noite incógnita

Acabei de chegar. Um pouco cansada e aterefada. Não sei bem por onde começar. A minha mente, logo neste instante, enche-se de pensamentos, memórias, pequenos aspectos que me preocupam. Tenho que fazer, mas a vontade de me expressar sobe mais alto, quer sair, não quer ficar para trás, passando por despercebida e desconhecida, com pouca importância. Essa cruel vontade torna-se egoísta como se fosse ela o centro deste mundo, querendo dar o conhecimento da sua existência a todos os que a têm possibilidade de a 'ouvir'. Tendo em conta toda a situação não me conti e nao consegui evitar de passar por aqui e escrever algo para a minha consciência ficar mais tranquila, já que esta, infelizmente, está condicionada por esta vontade crua e má que nao me deixa concentrar no que realmente deveria fazer. Mas parece que a vida não é só aquilo que era suposto acontecer, ou aquilo que nos parecia mais correcto para o seguimento das ocorrências. Enfim.. neste momento é difícil de explicar e expressar por palavras o que sinto, porque sei que é uma salgalhada de sensações, emoções, pressentimentos que derivam de mais sensações, emoções, pressentimentos, etc. Sinto de certa forma uma nostalgia, que quase que me obriga a lacrimejar contra tudo o que existe na frente do meu caminho, cada gota com o seu sentimento individual, permanecendo sempre em silêncio e em segredo consigo mesma. Sinto um aperto. Sinto energias pouco agradáveis envolverem-me num todo. Sinto um equilíbrio, mas ao mesmo tempo desorientação. Sinto uma preocupação que vem mesmo de dentro, sei que não é forte, é daquelas massacrantes que gostam de aparecer discretamente sem darmos muito por elas, dando-se ao prazer de gradualmente provocar estas sensações pouco agradáveis que acabam por nos confundir e inquietar, ou seja acabam por alcançar o seu objectivo. Sinto que não vou morrer por estar a escrever isto e não a redijir outras palavras com outro objectivo noutro plano e contexto. Bem não vou morrer, mas a minha consciência é bastante terrível nesse aspecto, e também deve ser por este motivo que não me sinto da melhor postura. Mas um facto verídico vos digo: Está-me mesmo a saber bem escrever estas palavras, que por sua vez, são um pedido autoritário e feroz da minha simples e ingénua vontade.

Maria João Petrucci

segunda-feira, 20 de abril de 2009

27.02.2009

O que é um ano?
São 365 dias?
Creio que passa por essa definição,
mas o que é então um dia?
É mais específico perante o tempo,
mas muito mais profundo à relatividade e ao desconhecido.

Como se pode geralizar um ano na nossa opinião,
se este é constituído por 365 definições completamente diferentes e relativas entre si?

Maria João Petrucci

domingo, 5 de abril de 2009

A Bolacha e a Torrada




À primeira vista parece uma combinação estranha, mas isso é o que todas as cabecinhas julgativas pensam acerca de tudo. Enfim.. não vim para aqui falar sobre os modos da sociedade actual. Ah.. e não pensem mal nem julguem estas duas criaturas, seria de um carácter egoísta e anti-civilizado. Afinal de contas, não somos todos diferentes? A mesma coisa acontece com a Bolacha e a Torrada. Ora bem, totalmente diferentes não são, mas ambas conseguem satisfazer a necessidade de fome humana. Não comecem logo a pensar ''O que é que lhe deu para juntar uma bolacha com uma torrada?''. Sabem, muitos fenómenos não têm que ser especificamente fundamentados.. são espontâneos, simplesmente acontecem e todos nós podemos fazer um pequeno esforço para nos adaptarmos a eles e a todas as novidades e mudanças que esse tal acontecimento faça surgir. A Bolacha e a Torrada são um bom exemplo para se perceber este aspecto. Se pensarem bem, existe alguma norma ou lei que impeça a junção de uma bolacha com uma torrada? Eu nunca ouvi falar em tal.. mas se estiver errada façam um comentário onde eu possa verificar o contrário. Nada é impossível. Milhares de coisas podem acontecer. Não compliquem o que pode ser fácil. Não julguem o que não precisa de ser julgado. As experiências ajudam-nos a aprender, ajudam-nos a viver. Cada um é feliz à sua maneira, por isso não provoquem infelicidade nos outros.
Agradecimentos: Bolachinha & Torradinha xD

sábado, 4 de abril de 2009

as nuvens

Procurem-nas. Elas andam por aí à vossa espera. Não as ignorem. Observem-nas. Observem todos os pormenores que elas podem conter, todos aqueles que elas queiram que sejam observados. Naveguem na sua fantasia. Procurem aspectos novos, que transmitam um vasto conhecimento e sabedoria. Milhares de coisas que podem ser imaginadas e realizadas. Por favor, não as deixem entrar na solidão.