quarta-feira, 29 de abril de 2009

inigma da noite: sentir

Não sei o que sinto. Sinto muitas coisas, mas não sei especificamente o desígnio de cada uma delas. Por isso não sei o que sinto. Neste momento sinto-me confusa, atrapalhada, cheia de pensamentos nojentos que me corroem o cérebro e o bem-estar. Não sei o que sou. Não sei mesmo realmente quem sou. Sinto-me no meu corpo, mas não sei quem sou. Parece que tenho um nome, mas será que me chamo verdadeiramente assim? Não sei, e se eu não sei quem poderá saber? Certamente ninguém. Também não sei o que faço, e porque o faço. Não sei o presente, não sei o futuro. Não sei para onde caminho. Eu estou inocente. Só quero ser feliz, mais nada. Porquê tanta complicação? Não quero isso, não, não e não. Quero a simplicidade. Mas como? Tudo e todos só sabem complicar, tal como eu. Como é que se aproveita esta vida? Não sei, não sei mesmo. Não tenho experiência suficiente, mas quem tem? Sinto frio. Arrepios. Coisas inexplicáveis. Deficientes. Complexas. Parece que existem regras, entre outras coisas. Quero chorar. Quero rir. Não quero sentir. Quero desaparecer. Não consigo expressar decentemente o que sinto. Não tenho meios para o fazer, pois eles não existem. Se calhar existem, mas eu não os encontro. Estão bem escondidos. Porque é que não vêm ao meu encontro? Eu estou aqui. Sim, eu estou aqui. E depois? O que é que querem que eu faça? O que é que eu quero fazer em relação a isso? Ninguém me vai responder, eu sei. Sou única, e sou eu o único ser que me acompanha eternamente. Sei que posso confiar em mim. Ou não. Sinceramente, falo muito, mas não chego a nenhuma conclusão. Pois estou completamente confusa e cheia de tretas e emaranhados dentro de mim. Não quero ser a vítima, não. Não sou assim. Quero dar sinal de vida. Procuro soluções, como todos os outros. Um caminho estou a seguir. Mas não sei por onde vou. Sinto receio. Sinto ansiedade. Sinto alegria. Sinto felicidade. Sinto bolas, mais bolas e bolinhas dentro de mim, milhares delas. Não se esforcem para se sentirem assim. Não vale a pena. Não sei o que sinto.

Maria Petrucci

segunda-feira, 27 de abril de 2009

pensamento da noite

Dormir. O que significa dormir?
'Dormir - Repousar no sono, repousar.'
Isto dizem os dicionários, entre muitas outras designações que simplesmente servem para fundamentar e complicar uma definição simples e fácil de 'enfiar' nas cabecinhas do maior número de pessoas possível.
Mas porquê dormir? Porque temos sono? E porque razão é que temos sono? Porque estamos cansados e curiosamente devastados pelo esforço?
Poderia continuar aqui a deambular entre perguntas, tentativas e respostas alusivas que certamente seriam pouco fundamentadas. Mas uma verdade é que perdemos um quarto das nossas vidas (se nao mais) a dormir. Simplesmente a dormir! Àquilo a que chamamos também o acto de repousar. E ainda dizem que o Homem é um ser bastante activo.
Mas pensando bem.. dormir é muito mais do que a definição global de 'dormir'.
É algo de espantoso. Sempre. Mas nem sempre conseguimos entender como. Por esse motivo por vezes questionamos o facto de ter que dormir.
A minha vontade diz qualquer coisa do género: 'Não durmas já! Ainda estás acordada, por isso aproveita enquanto ainda consegues pensar e estar acordada decentemente.' Mas algo, sem ser a minha vontade, diz que devo dormir. Deve ser esse algo que nos desperta o desejo de dormir. Pois cá para mim esse algo e a vontade disputam numa grande batalha até que esse algo por fim ganha a posse da vontade para nos arrebatar com o desejo de dormir. Bem, esse algo também deve atacar a consciência. Muito provavelmente. Concluo então que esse algo contém qualquer coisa que o faz permanecer com tal poder e tal força que, consequentemente, consegue derrubar os seus potentes inimigos ou amáveis amigos (pois não se sabe se em vez de lutarem, essas mirambulosas forças fazem conferências onde chegam a acordos civilizados).
Enfim... contudo, vou dormir.
Maria João Petrucci

sábado, 25 de abril de 2009

...before

Sometimes my heart's empty spaces are covered by other important things. And other times they are filled in with many dreams and fantasys.
I feel that I need something more alive... something real.
I feel that I need you.

terça-feira, 21 de abril de 2009

a noite incógnita

Acabei de chegar. Um pouco cansada e aterefada. Não sei bem por onde começar. A minha mente, logo neste instante, enche-se de pensamentos, memórias, pequenos aspectos que me preocupam. Tenho que fazer, mas a vontade de me expressar sobe mais alto, quer sair, não quer ficar para trás, passando por despercebida e desconhecida, com pouca importância. Essa cruel vontade torna-se egoísta como se fosse ela o centro deste mundo, querendo dar o conhecimento da sua existência a todos os que a têm possibilidade de a 'ouvir'. Tendo em conta toda a situação não me conti e nao consegui evitar de passar por aqui e escrever algo para a minha consciência ficar mais tranquila, já que esta, infelizmente, está condicionada por esta vontade crua e má que nao me deixa concentrar no que realmente deveria fazer. Mas parece que a vida não é só aquilo que era suposto acontecer, ou aquilo que nos parecia mais correcto para o seguimento das ocorrências. Enfim.. neste momento é difícil de explicar e expressar por palavras o que sinto, porque sei que é uma salgalhada de sensações, emoções, pressentimentos que derivam de mais sensações, emoções, pressentimentos, etc. Sinto de certa forma uma nostalgia, que quase que me obriga a lacrimejar contra tudo o que existe na frente do meu caminho, cada gota com o seu sentimento individual, permanecendo sempre em silêncio e em segredo consigo mesma. Sinto um aperto. Sinto energias pouco agradáveis envolverem-me num todo. Sinto um equilíbrio, mas ao mesmo tempo desorientação. Sinto uma preocupação que vem mesmo de dentro, sei que não é forte, é daquelas massacrantes que gostam de aparecer discretamente sem darmos muito por elas, dando-se ao prazer de gradualmente provocar estas sensações pouco agradáveis que acabam por nos confundir e inquietar, ou seja acabam por alcançar o seu objectivo. Sinto que não vou morrer por estar a escrever isto e não a redijir outras palavras com outro objectivo noutro plano e contexto. Bem não vou morrer, mas a minha consciência é bastante terrível nesse aspecto, e também deve ser por este motivo que não me sinto da melhor postura. Mas um facto verídico vos digo: Está-me mesmo a saber bem escrever estas palavras, que por sua vez, são um pedido autoritário e feroz da minha simples e ingénua vontade.

Maria João Petrucci

segunda-feira, 20 de abril de 2009

27.02.2009

O que é um ano?
São 365 dias?
Creio que passa por essa definição,
mas o que é então um dia?
É mais específico perante o tempo,
mas muito mais profundo à relatividade e ao desconhecido.

Como se pode geralizar um ano na nossa opinião,
se este é constituído por 365 definições completamente diferentes e relativas entre si?

Maria João Petrucci

domingo, 5 de abril de 2009

A Bolacha e a Torrada




À primeira vista parece uma combinação estranha, mas isso é o que todas as cabecinhas julgativas pensam acerca de tudo. Enfim.. não vim para aqui falar sobre os modos da sociedade actual. Ah.. e não pensem mal nem julguem estas duas criaturas, seria de um carácter egoísta e anti-civilizado. Afinal de contas, não somos todos diferentes? A mesma coisa acontece com a Bolacha e a Torrada. Ora bem, totalmente diferentes não são, mas ambas conseguem satisfazer a necessidade de fome humana. Não comecem logo a pensar ''O que é que lhe deu para juntar uma bolacha com uma torrada?''. Sabem, muitos fenómenos não têm que ser especificamente fundamentados.. são espontâneos, simplesmente acontecem e todos nós podemos fazer um pequeno esforço para nos adaptarmos a eles e a todas as novidades e mudanças que esse tal acontecimento faça surgir. A Bolacha e a Torrada são um bom exemplo para se perceber este aspecto. Se pensarem bem, existe alguma norma ou lei que impeça a junção de uma bolacha com uma torrada? Eu nunca ouvi falar em tal.. mas se estiver errada façam um comentário onde eu possa verificar o contrário. Nada é impossível. Milhares de coisas podem acontecer. Não compliquem o que pode ser fácil. Não julguem o que não precisa de ser julgado. As experiências ajudam-nos a aprender, ajudam-nos a viver. Cada um é feliz à sua maneira, por isso não provoquem infelicidade nos outros.
Agradecimentos: Bolachinha & Torradinha xD

sábado, 4 de abril de 2009

as nuvens

Procurem-nas. Elas andam por aí à vossa espera. Não as ignorem. Observem-nas. Observem todos os pormenores que elas podem conter, todos aqueles que elas queiram que sejam observados. Naveguem na sua fantasia. Procurem aspectos novos, que transmitam um vasto conhecimento e sabedoria. Milhares de coisas que podem ser imaginadas e realizadas. Por favor, não as deixem entrar na solidão.